Eu devo confessar que sou um grande fã de Richard Branson (ou Sir Richard Branson, mais precisamente), CEO do Virgin Group – um conglomerado com mais de 400 empresas que vão desde o setor de aviação até o de telecomunicações. Branson sempre foi visto como polêmico e irreverente, com espírito empreendedor e aventureiro, arriscando-se e inovando em muitos segmentos.
E ele, mais uma vez, vem tumultuar o cenário corporativo com uma ideia que, a princípio, parece maluca: Conceder férias ilimitadas aos seus funcionários.
Isso mesmo, o chefão da Virgin está concedendo ao seu pessoal o tempo de férias que eles quiserem. Em seu site ele diz que sua equipe pessoal composta de 170 funcionários pode tirar férias “sempre que quiserem e pelo tempo que quiserem”. E ainda acrescentou que eles não precisam pedir aprovação e nem dizer quando planejam voltar, partindo apenas do princípio que sua ausência não prejudique a empresa.
Branson disse que teve a ideia inspirado em um comentário da sua filha, que leu sobre uma decisão semelhante da empresa Netflix (a flexibilidade não está apenas na escolha dos programas pelos clientes, mas na forma de lidar com os funcionários).
“Cabe ao empregado sozinho decidir se e quando ele ou ela deseja tirar algumas horas, um dia, uma semana ou um mês de folga“, escreveu o bilionário.
“A ideia é que eles só vão fazer isso quando se sentirem 100% confortáveis de que eles e suas equipes estejam em dia com cada projeto e que sua ausência não venha, de alguma forma, a prejudicar os negócios – ou, aliás, suas carreiras! “, explica Branson.
Ele acrescentou que introduziu essa política no Reino Unido e nos EUA “onde as políticas de férias podem ser particularmente draconianas“. Se ela se mostrar eficiente, Sir Branson disse que iria incentivar as outras subsidiárias a seguirem o exemplo.
“Devemos nos concentrar no que as pessoas entregam, não em quantas horas ou dias elas trabalham. Assim como não temos uma política das nove às cinco, nós não precisamos de uma política de férias“, escreveu.
O blog é um trecho de um livro a ser publicado por Branson, que já se vestiu de aeromoça e trabalhou em um voo durante 6 horas para pagar uma aposta, tentou fazer duas voltas ao mundo de balão e admitiu nunca ter lido um livro sobre gestão de pessoas até escrever o seu.
O Virgin Group emprega mais de 50.000 pessoas em todo o mundo e opera em mais de 50 países. Sr. Branson criou a empresa em 1970 e passou de uma gravadora de mensagens a negócios em telecomunicações, viagens e serviços financeiros.
No Brasil, as leis trabalhistas são obstáculos a muitos benefícios que os funcionários possa ter – nem sempre o que parece bom para o empregado realmente é. E isso acaba engessando as empresas na hora de conceder benefícios. Mas algumas políticas trabalhistas andam sendo revistas à luz de novos conceitos de trabalho, como o home office, por exemplo.
O fato é que temos muito a aprender nesse quesito ainda, e a política de férias ilimitadas de Richard Branson só vem acrescentar mais um item à lista.
Esses (e outros) princípios de qualidade de vida e produtividade são a base do LifeBreak. Nós acreditamos que é possível incorporar conceitos e políticas de multinacionais até nas menores e mais informais empresas brasileiras. Nosso serviço de consultoria visa aumentar a produtividade (e, consequentemente, o lucro) propondo novos conceitos de trabalho.
Se você trabalha em uma empresa ‘chata’, ‘quadrada’ e ‘antiquada’, que acredita que é preciso cumprir os horários à risca, que tudo funciona na base de gritos e ameaças e que trabalho e diversão não se misturam, então apresente o LifeBreak pro seu chefe!
Nós queremos fazer da sua empresa uma nova Virgin.
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