Como saber quando é hora de se demitir? Para a maioria das pessoas, o maior desafio é saber quando é hora de abandonar o barco. E para alguns é tão difícil saber quando pular fora ou se realmente devem pular que, por isso, ficam paralisados.
Você já se perguntou se o trabalho que você faz, a carreira que segue e a maaneira como gasta 75% dos seus dias valem o tempo dedicado? Nunca pensou se existe alguma outra coisa lá fora que possa despertar em você uma paixão mais forte?
Antes de continuar lendo, pare por um segundo. Olhe ao seu redor. Olhe para as pessoas no seu escritório ou para aquelas na sua agenda de reuniões. Pense na pessoa para a qual você se reporta. Elas lhe inspiram? Você quer o que elas têm?
Você quer estar no lugar do seu chefe?
Se a resposta for não, é hora de cair fora. Simples assim. Se você estiver na sua mesa agora, olhando para a sala do seu chefe com desgosto, pegue suas coisas e dê o fora daí! É sério. Corra e não olhe para trás.
Tudo bem, você não precisa acionar o alarme de incêndio e correr para a saída de emergência imediatamente, mas pelo menos perceba a sirene que deve estar tocando na sua cabeça neste momento e respeite-a. É hora de fazer alguma coisa sobre isso.
Se as pessoas para quem você trabalha não lhe inspiram, não lhe animam e não fazem você realizar trabalhos criativos, você está no lugar errado. Se as pessoas que estão lhe moldando e ensinando não são as pessoas que você admira, você está perdendo seu tempo.
Quanto mais tempo você ficar aí, mais vai ficar assim e mais estreita essa espiral se tornará.
E sempre haverá as pessoas que dizem “as coisas vão melhorar” ou “vou dar um tempo aqui, esperar uma promoção e depois caio fora”. Mas pense nisso: Se as coisas não estão melhores agora, as chances de que elas não melhorem nos próximos meses são altas. Não se economiza felicidade e prazer. A felicidade não vivida hoje não acumula para que você tenha mais felicidade amanhã.
Se você acha que estará menos estressado, com menos conflitos e menos desencantado no futuro, terá uma desagradável surpresa. E pode ter certeza de que se o seu chefe não é alguém que você quer se tornar, as coisas não vão ficar melhores.
O escritor Robert Cialdini, autor de livros como livro O Poder da Persuasão, entre outros, afirma que somos condicionados a permanecer fiéis às primeiras decisões que tomamos. É por isso que promovemos os produtos que compramos, mesmo se não gostamos deles tanto assim. E é por isso também que permanecemos em empregos que nos consomem até o fim. Essa característica se mostra muito poderosa na construção de algo em que acreditamos, mas é mortal quando começamos a fazer coisas em desacordo com o que somos.
Nossas razões para permanecer em uma carreira que esmaga nossa alma geralmente são essas:
- Bem, já estou aqui há 5 anos
- Se eu sair agora, todo o trabalho que fiz pela minha promoção será perdido
- Não posso deixar meus colegas na mão
- Faltam apenas alguns meses para eu me tornar sócio
Claro, todas essas afirmações são excelentes desculpas. Mas você realmente se importa tanto assim com essa promoção? É isso o que você realmente quer? Ou é apenas algo que todo mundo acha que quer e, por isso, você também começou a querer?
E você acha que será fácil largar a empresa depois de virar sócio? Sejamos honestos. O dia em que você subir o próximo degrau estará cada vez menos propenso a dar o salto necessário para fazer algo significativo que deveria ter feito anos atrás.
Nunca haverá o momento certo para fazer uma grande mudança, não importa o que você esteja fazendo. Mas se a pessoa de quem você recebe ordens ou a que você está usando de modelo não é alguém que você deseja ser, então agora é o único momento certo de fazer algo sobre isso.
Pare de subir a escada para lugar nenhum
Se você está cercado de pessoas que não admira e fazendo coisas que não gosta, entenda que cada esforço que você emprega nisso daqui pra frente é um desperdício. Um desperdício de energia e de potencial. Cada projeto que você termina é um degrau a mais em direção a nada. Você está fazendo coisas desinteressantes para pessoas as quais não dá a mínima.
É assim que pretende passar seus próximos 30 anos? Se sua resposta for sim, você provavelmente chegará ao topo e, então, se jogará lá de cima, em direção ao asfalto na calçada – essa mesma calçada por onde você poderia ter dado seu primeiro passo ao ir embora anos atrás.
Nós passamos tanto tempo subindo degraus que esquecemos de nos perguntar onde é o topo e por que queremos estar lá. Geralmente é difícil entender o que isso significa. O melhor indicador para isso é observar a pessoa que já está lá – seu chefe ou o chefe do seu chefe.
Olhe para os sujeitos que estão acima de você, aqueles mais ‘bem sucedidos’ do que você. O que eles fazem à noite e nos dias de folga? Eles possuem hobbies e paixões ou estão ocupados tentando subir o próximo degrau? Como é a família deles? Eles têm uma família? E amigos? Como eles tratam os outros? Eles são saudáveis, motivados e empolgados?
A maioria de nós, nessa corrida para o topo de alguma coisa, conta apenas as coisas que são fáceis de mensurar. Ou seja, dinheiro e status. A visão do dinheiro e de um alto padrão de vida brilha tão forte que não percebemos a carnificina que aqueles que ‘admiramos’ enfrentam para conquistar tudo isso. É hora de perceber essas coisas.
Cerque-se de pessoas que estão vivendo seus sonhos
Dê outra olhada à sua volta. Quem inspira você? Qual trabalho de qual pessoa você gostaria de ter? Quem vive o tipo de vida com a qual você constantemente sonha?
Veja essas pessoas que você admira. Entenda por que as admira. Cerque-se delas. Se você é um empregado, encontre um chefe que sirva de modelo. Se você é um empreendedor encontre os mentores e modelos que realmente respeita.
É hora de começar a trabalhar em direção a algo que seja realmente significativo. E, como sempre, isso começa com pessoas. Se você não suporta certas pessoas, é hora de sair.
Pense nisso mais uma vez: Você quer estar no lugar do seu chefe?
Seja honesto.
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