“A maioria das pessoas escolhe a infelicidade sobre a incerteza.” — Timothy Ferris
Meses antes do LifeBreak ser criado, eu já falava com uns colegas sobre trabalhar com o que ama, fazer o que você gosta, etc. Em meio ao meu ‘discurso’, alguém veio com este argumento: “OK, Emílio, mas como falar sobre gostar do que se faz para trabalhadores quase escravos numa mina de carvão?” A pergunta era retórica, mas ele queria dizer que nem todo mundo tem escolha.
Dias atrás o assunto voltou à tona quando, durante uma conversa, mencionei o caso das minas de carvão e me perguntaram: “Você acha que essa pessoa escolheu estar na mina de carvão? Acha que ela escolheu ser infeliz?”
Minha resposta é SIM. As pessoas escolhem ser infelizes. No exemplo do trabalhador da mina de carvão, é possível que ele não tivesse muitas opções (falta de estudo, necessidade financeira, etc.). Mas ele precisa continuar lá até o fim da vida? É realmente a isso que se resume sua existência: fuligem, suor e tristeza?
Não aceitar é sofrer
Todo o sofrimento da vida provém da não aceitação de uma determinada situação: “Eu não aceito ter sido demitido”; “eu não aceito que fui traído(a)”; “eu não aceito que essa pessoa morreu”; “eu não aceito que tenho esta doença”. Enquanto você continuar não aceitando, continuará sofrendo – e veja só, está escolhendo ser infeliz! Para mudar isso, ACEITE o que aconteceu. A vida não é um mar de rosas e nem tudo sai como o planejado. Mas só quando aceitar sua situação poderá dar o próximo passo.
Não se conformar é mudar
Você deve aceitar sua situação, mas nunca se conformar com ela. A não conformidade oferece a força para mudar. Se você se conforma com sua vida, o ceticismo matará a vontade de mudança e sempre dirá que “não vale a pena”, “não vai dar em nada”, “é melhor deixar como está”.
Ao não se conformar, surge a vontade de mudar e sair dessa situação. E com a vontade vem o olhar mais atento a oportunidades, onde a criatividade busca maneiras de inovar e viver a vida que você deseja. Mas mudar não é fácil. Na verdade para muitas pessoas é doloroso, mesmo mudando para melhor. E alguns escolhem ser infelizes em vez de arriscar a incerteza da mudança.
Tanto faz se é uma escolha consciente ou inconsciente. Será sempre uma questão de escolha, não de fatores externos. Você pode ter que trabalhar na mina de carvão porque perdeu o emprego. Mas precisa ser assim até o fim dos seus dias? Você vai escolher ficar na mina por que pelo menos lá é certo e seguro? Sério?
A escolha da infelicidade
Embora eu goste de me imaginar uma pessoa que se arrisca e segue seus sonhos, um olhar mais atento me fez ver como a incerteza me paralisou em vários momentos da vida, evitando mudanças e sofrendo “porque o mundo é assim, mesmo”. Isso me impediu de fazer as coisas de uma maneira diferente.
A maioria de nós deseja e teme a mudança ao mesmo tempo. Parece que com o desenrolar da vida vamos criando aversão a riscos. E apesar de fazer sentido se olharmos a economia atual, fugir do risco também não nos torna mais felizes ou completos. De fato, isso tem causado o efeito oposto.
Todos já tivemos experiências com riscos, mudanças e incertezas. E apesar de preferirmos lembrar só dos momentos em que falhamos (e usar a experiência negativa para não fazer as coisas de forma diferente), a maioria das pessoas tem mais sucessos do que fracassos quando se trata de mudar.
Pense nas coisas arriscadas e incertas que já fez na vida, mas que hoje você se alegra por ter feito (por ex.: o casamento, uma viagem, ter um filho, aceitar um trabalho sem ter experiência). As coisas não parecem assustadoras quando vistas no passado. Olhar para trás e ver os riscos, sucessos e fracassos pode dar a confiança necessária para seguir em frente. Como diz o ditado, “o que não me mata, me fortalece“.
Neste exato momento várias pessoas em todo o mundo estão dando um passo consciente para fora de suas zonas de conforto, arriscando mais e escolhendo a incerteza em vez da infelicidade.
As mudanças não ocorrem de uma vez. Elas começam com um único passo e se desenrolam ao longo da vida. Para o trabalhador da mina de carvão, tornar-se o balconista de um café já será uma mudança incrível. E o balconista pode querer ser designer. E o designer sonha em sair do país e tocar na orquestra sinfônica da Alemanha. O que os impede de realizar seus sonhos? A escolha da infelicidade sobre a incerteza dos riscos.
Correr riscos é assustador? Sim! As coisas vão dar certo? Nem sempre. Existe ligação entre nosso nível de realização na vida e nossa capacidade (ou incapacidade) de buscar a incerteza? Absolutamente!
Dê o primeiro passo
Eu posso aceitar que você tenha medo. Eu aceito que você diga que é difícil mudar. Eu aceito que algumas pessoas estejam tão decepcionadas com fracassos que acham melhor ficar onde estão, pois se machucam menos. Mas nunca, JAMAIS, vou me conformar com essas situações.
É para isso que o LifeBreak existe. É este o nosso propósito. É isto o que oferecemos. Você pode não acreditar em si mesmo, mas nós acreditamos. Você pode não se achar capaz de conquistar seus sonhos, mas nós sabemos que você está errado. Você pode pensar que não tem espírito empreendedor, mas nós garantimos que você pode administrar sua vida. Você pode estar conformado com sua mina de carvão, mas nós queremos tirar você dela.
Em qual parte da sua vida você está escolhendo “infeliz” em vez de “incerto”? Você quer realmente mudar isso? Então mande AGORA um e-mail pra nós.
Esse é o ponto… falou com uma certeza incrível! Acredito em suas palavras e pontos de vista, vivo isso no dia a dia e sempre que posso, procuro o Emílio e Aline para alguns direcionamentos!
Eles são fantásticos e me ajudam a encontrar o caminho, com pensamentos simples e planos que muitas vezes não tive coragem de desenhá-los!
Agradeço as dicas, conselhos e por me mostrarem que as coisas são mais simples do que costumamos pensar!
Altamente indicados…
Muito bom texto. E muito verdadeiro também. Embora em alguns momentos das nossas vidas estão tão por baixo, tão atolados que não conseguimos sequer olhar para cima e ver uma mão amiga tentando nos puxar. Já aconteceu comigo, sei que é duro e difícil de contornar. Abraço!